não é fácil ter ideias para fazer com que não sobre mês no fim do ordenado. nem é garantido que todos tenhamos aquela ideia genial que se tem apenas uma vez na vida. as soluções económicas já foram aplicadas cá em casa e poupar vai parecendo por estes dias uma tarefa quase impossível.
dei voltas e voltas à cabeça à procura de alguma coisa que eu pudesse fazer e que não colidisse com a minha profissão nem com os meus horários. de que eu gostasse verdadeiramente. e que não me envergonhasse.
ora, confesso que é um bocadinho a medo que me vou aventurar na culinária. não costumo ficar mal vista com os doces ou salgados, mas tenho medo que a obrigação de os fazer acabe por deixar pelo caminho o ingrediente essencial: o carinho com que cozinhamos para as pessoas de quem gostamos. ainda assim, e porque acho que perdemos muito do que era importante e esquecemos o tradicional prazer que é estar à mesa a saborear um mimo feito em casa, vou arriscar.
acredito que é no regresso às origens que pode estar o nosso segredo para recuperar desta fase negra que atravessa o país. e, numa escala bem menor, para me realizar, fazendo o que mais gosto e tendo mais algum descanso no fim do mês.
talvez por ter nascido no verão, não fico particularmente entusiasmada quando, em finais de outubro (época tardia, mas o mundo anda do avesso), a temperatura começa a descer e o sol a por-se cada vez mais cedo. não gosto de frio. nem de chuva. nem de vento.
mas gosto, gosto muito, da sensação aconchegante de um casaco de lã, de uma manta no sofá, de um chá quentinho com mel antes de deitar, de umas bolachas acabadas de sair do forno. gosto até do cheiro a castanhas assadas na rua, apesar de não morrer de amores por elas.
ontem, embora estivesse uma temperatura normal para a época (dizer apenas que para mim 18 graus já é um frio de rachar!), tirei do armário a botija, enchi-a com água a ferver e confesso que os meus pés gelados agradeceram na hora de ir para a cama.
já está então tudo pronto: mau tempo, neura... só resta esperar pela mudança da hora no próximo fim de semana para dar de vez as boas vindas ao inverno.
don't forget to count your blessings.
*texto descaradamente roubado deste blog, porque todos temos direito à indignação (bem, todos todos não será...) e há quem o escreva como ninguém.
Downton Abbey, à segunda feira no Foxlife. uma vénia para a série e para a banda sonora.
. long ago
. hoje
. escolhas
. mood
. love
. Histórias à cabeceira
. Não te deixarei morrer, David Crockett (2001)
. ***
. Histórias na prateleira
. Deixa o grande mundo girar (2010)
. A ilha debaixo do mar (2009)
. Uma noite em Nova Iorque (2011)
. Uma questã de atração (2011)
. ***
. Histórias a não perder
. The fighter - Último round (2010)
. I don't know how she does it (2011)
. ***
. Histórias para ver
. You will meet a tall dark stranger (2010)
. The kids are all right (2010)
. ***
. Histórias a evitar
. ***
. Histórias para ler
. Bombaim a um mundo de distância
. Não te deixarei morrer David Crockett
. Um dia